Ponto para Moreira Franco
Maurício Corrêa, de Brasília —
Este site de vez em quando pega no pé do ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, mas concorda em gênero, número e grau com o ministro, quando ele diz que o setor elétrico brasileiro tem uma governança “soviética, autoritária e de transparência questionável”, segundo matéria publicada pela Agência Estado e contratualmente reproduzida pelo “Paranoá Energia”.
O SEB é excessivamente burocratizado e aqueles que profissionalmente não nasceram dentro do setor elétrico se assustam quando se deparam com essa estrutura burocrática monumental, que se espalha não apenas pela área institucional (MME, ONS, CCEE, EPE e Aneel), mas, também, pelas próprias empresas e associações empresariais. É uma capilaridade burocrática que parece não tem fim.
Faltam poucos dias para deixar a Pasta, mas o ministro Moreira Franco tem total razão e em apenas quatro palavras sintetizou a filosofia que rege o setor elétrico brasileiro. Qualquer um que tenta enfrentar essa super-estrutura burocrática, mostrando a sua irracionalidade, é automaticamente expelido.
De repente, Moreira Franco pode estar levantando uma bola a ser chutada pelo seu sucessor, pois uma das preocupações do presidente eleito Jair Bolsonaro é diminuir a burocracia estatal. Se o SEB entrasse nessa roda, não seria mau negócio, pois está precisando uma boa sacolejada. Tem muita coisa sem finalidade e custando caro que simplesmente pode ser jogada pela janela.
Este site acredita piamente que o SEB pode funcionar melhor com uma estrutura mais enxuta, mais leve e consequentemente mais barata para todos os consumidores. Isso vale para todas as instâncias da indústria do setor elétrico.