ONS registra novo recorde na carga do SIN
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou, em 15 de março, às 14h37m, um novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN). O patamar atingido foi de 102.478 MW, sendo atendida por 92,5% de energia sustentável. Ainda na última sexta-feira do Verão, houve recorde de carga média no valor de 91.338 MWmed.
O comportamento da carga foi influenciado por questões climáticas, principalmente pelas elevadas temperaturas em quase todo o país, que teve o registro de mais uma onda de calor. No caso do instantâneo, a marca anterior era de 101.860 MW, verificada em 7 de fevereiro de 2024. Já o último recorde anterior de carga média foi registrado em 17 de novembro de 2023 com 90.596 MWmed.
Desde novembro de 2023, o SIN vem registrando sucessivos recordes na demanda instantânea de carga, em função das ondas de calor. Os três últimos recordes de demandas máximas de carga registrados são: 14 de novembro de 2023 – 101.475 MW; 07 de fevereiro de 2024 – 101.860 MW; e 15 de março de 2024 – 102.478 MW.
Aceleração da carga
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente à semana operativa entre os dias 16 a 22 de março, indica que a demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas deve acelerar. A previsão de temperaturas elevadas para os próximos dias está entre a principal justificativa para esse comportamento.
Os percentuais de avanço são superiores àqueles indicados na revisão anterior. O SIN deve registrar expansão de 5,7% (83.965 MWmed). Entre os submercados, o maior crescimento é estimado para o Nordeste, 8,8% (13.506 MWmed), seguido pelo Norte, 8,5% (7.483 MWmed). As projeções para o Sudeste/Centro-Oeste e para o Sul são de 5,8% (48.163 MWmed) e 1,5% (14.813 MWmed), respectivamente. Os números são comparações entre as perspectivas de março de 2024 e o mesmo período de 2023.
Os percentuais esperados de Energia Armazenada (EAR) para o último dia do mês seguem estáveis, com todos os subsistemas devendo chegar em patamares superiores a 60%. O indicador mais elevado pode ser registrado no Norte com 95% (ante 96% indicados na última semana), seguido pelo Nordeste com 70,8% (71,7%), pelo subsistema Sul com 67,8% (64,3%) e pelo Sudeste/Centro-Oeste com 66,8% (65,8%).
As condições favoráveis dos reservatórios são reflexo do trabalho do ONS em administrar corretamente os recursos, em especial diante das projeções para Energia Natural Afluente (ENA), que seguem inferiores à média histórica para o atual período tipicamente úmido.
A ENA projetada para 31 de março está acima da média apenas no subsistema Sul, 142% da Média de Longo Termo (MLT), mantendo um comportamento observado nas primeiras revisões para o mês. Com relação às demais regiões, as perspectivas são mais elevadas no Norte, com 85% da MLT, no Sudeste/Centro-Oeste, 64% da MLT, e finalizando com o Nordeste, 58% da MLT.