Anfavea: Brasil é eclético em combustíveis
Maurício Corrêa, de Brasília —
A indústria automobilística aproveitou um evento em Brasília, sobre eletromobilidade, para apresentar a sua agenda ao Governo Federal. Quem se der ao trabalho de pesquisar, observará que as demandas da Anfavea não são muito diferentes de 30 anos atrás. Os fabricantes de veículos pedem previsibiidade, segurança jurídica e diminuição do Custo Brasil.
Falando na abertura do evento, o presidente da Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, disse que, com a eletrificação dos veículos, “muitos mitos foram quebrados” e que hoje existe uma grande oportunidade para aproveitar a janela ambiental e avançar na tecnologia veicular.
“Temos energia limpa e renovável no Brasil. Precisamos acelerar o nosso processo”, frisou, salientando que a indústria, mesmo em um evento sobre eletrificação veicular, reconhece que o Brasil é um País especial e que deve ser aproveitada uma ampla diversidade tecnológica, que passa pelos biocombustíveis, veículos híbridos e uso do gás natural.
Com 1,2 milhão de trabalhadores na cadeia produtiva, a indústria automotiva é um setor ouvido por todos os políticos e gestores públicos, principalmente em um governo cujo presidente começou a vida profissional vestindo macacão na linha de montagem de uma montadora.
Mas para o presidente da Anfavea, não há muito o que discutir. Ele não duvida que o futuro do Brasil, nesse campo, é “eclético”, devido à superoferta de energéticos que podem movimentar os veículos. “Todas as tecnologias que contribuem para a descarbonização são bem-vindas. Nesse aspecto, sou um otimista esperançoso”, afirmou.