Eletrobras: Pacheco discorda do Governo
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), discordou da ação do governo federal de ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) para rever as regras de privatização da Eletrobras e obter mais poder de decisão na empresa.
Pacheco lembrou que a capitalização da empresa foi aprovada pelo Congresso Nacional e que é necessário “aceitar essa realidade”
“Consideramos essa (privatização da Eletrobras) uma realidade do Brasil, era muito importante que se pudesse aceitar essa realidade para valorizar a Eletrobras. A discussão sobre capitalização acaba por gerar algum desvalor para empresa”, apontou Pacheco em entrevista a jornalistas, após participar de reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O presidente do Senado disse ainda que é preciso superar pautas que foram aprovadas pelo Congresso. “Considero que era importante nós termos a aceitação dessas questões que foram aceitas no Congresso e buscarmos incrementar novidades no Brasil”, disse, ao citar medidas como arcabouço fiscal e reforma tributária.
Revogação da lei das estatais
Apesar da sintonia com as pautas do governo no que diz respeito à agenda econômica, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entrou em choque com uma das pautas da gestão petista ao falar contra a revogação das leis das estatais. Nesta segunda-feira, 8, durante reunião com a diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o senador avaliou que não havia necessidade de se discutir o tema agora.
“Qual a necessidade disso nesse momento no Brasil? Pode-se dizer algum ponto da lei de estatal que é muito severa para a política? Que não permite um político determinar certa posição? Até vá lá. Mas uma revogação da lei de estatal, qual a utilidade disso para o Brasil?” questionou o presidente do Senado.
As discussões envolvendo a autonomia do Banco Central e a capitalização da Eletrobras, na avaliação do senador, também geram desgastes desnecessários. “Nós precisamos de investimentos internacionais, nós precisamos de mercados investidores internacionais … nós precisamos acertar no ponto, e acertar no ponto não significa rediscutir autonomia do BC, rediscutir capitalização da Eletrobras, salvo um ponto aqui ou acolá”, concluiu.