Petrobras confirma Prates na presidência
A Petrobras confirmou nesta quinta-feira, 26, que o Conselho de Administração aprovou Jean Paul Prates como presidente da companhia, conforme adiantado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O mandato, aprovado por unanimidade, está previsto para até 13 de abril de 2023, mesmo prazo dos demais integrantes da diretoria executiva.
Prates também foi nomeado como conselheiro de administração da Petrobras até a próxima Assembleia Geral de Acionistas. Ele assume, nesta quinta-feira, ambos os cargos.
Jean Paul Terra Prates é advogado, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo (IFP School) e Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia. Indicado pelo governo para a presidência da Petrobras, Jean Paul Prates renunciou ao mandato de senador, movimento que era necessário para que ele pudesse assumir o comando da estatal.
Como senador da República pelo Rio Grande do Norte entre 2019 e 2023 foi membro do colégio de líderes e líder no Senado e no Congresso Nacional. Atuou ainda como presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia.
Tolmasquim na Petrobras?
Jean Paul Prates (PT-RN) planeja criar uma nova diretoria dedicada à transição energética e energias renováveis, disseram três pessoas a par do assunto. Se confirmada, já haveria um nome forte para assumi-la: o professor da UFRJ Maurício Tolmasquim, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que Prates já fez o convite a Tolmasquim, que tem bom trânsito no PT e é respeitado pelo mercado de energia. Procurado, o ex-presidente da EPE não comentou o assunto.
É possível que Tolmasquim não apareça na primeira lista de indicados, pela falta de tempo para modificar a estrutura executiva da empresa entre o início da gestão e as primeiras escolhas. Prates teria de assumir para depois fazer alterações mais profundas.
A intenção também seria realizar as demais nomeações aos poucos, além de promover mudanças graduais na estratégia. Isso teria o objetivo de sinalizar ao mercado que “não há nenhuma revolução em curso”, sobretudo em temas como a precificação de combustíveis, disse uma pessoa a par das conversas.
Prates tem expressado o desejo de transformar a Petrobras em uma empresa com forte presença em energia eólica offshore (no alto-mar), hidrogênio verde e biocombustíveis. O plano se aproxima da visão de Tolmasquim. Ambos defendem que a petroleira siga o caminho da energia limpa.
Entre os mais de 70 projetos de eólica offshore protocolados no Ibama, a estatal tem apenas um, em parceria com a Equinor, na bacia de Campos (Aracatu). Assim como Prates, Tolmasquim é defensor da modalidade e de investimentos maciços da petroleira para desenvolver usinas em alto-mar.