Operador projeta aumento de 2,1% na carga
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O boletim semanal do Programa Mensal de Operação (PMO), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), projeta aumento de 2,1% na carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) para a semana operativa de 12 a 18 de setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. O Sudeste, principal região consumidora do país, deve apresentar retomada de 1,3%, com 39.948 MW médios.
Os subsistemas Sul e Norte, que já vinham demonstrando desempenho positivo, podem atingir 5,8%, com 11.570 MW médios, e 5,4%, com 6.056 MW médios, respectivamente. O Nordeste é a única região que indica percentuais negativos com 0,5% e 10.639 MW médios.
Durante as primeiras semanas de setembro, observou-se que a carga vem crescendo de forma gradativa, assim como a retomada econômica em todo o País. A elevação das temperaturas em grande parte das capitais, mesmo ainda no período de inverno, também vem impactando positivamente no consumo de energia. Vale destacar ainda que no subsistema Norte, registra-se o retorno de um consumidor livre da rede básica que estava com consumo reduzido, desde março de 2020.
O Custo Marginal de Operação (CMO) terá 18,7% de crescimento nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. Esses subsistemas permanecem com os seus valores nivelados com custo de R$ 83,66/MWh, perante R$ 70,47/MWh da semana anterior. No Nordeste, o avanço é de 14,1%, com valor de R$ 61,54/MWh, contra R$ 53,90/MWh.
As causas da elevação do CMO no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte estão relacionadas às atualizações da previsão de vazões e previsão de carga além dos níveis de partida. No subsistema Nordeste, o principal fator que influenciou na elevação foi a atualização da previsão de vazões.
O relatório do ONS também sinaliza que os reservatórios, no próximo período operativo, continuam com volume maior do que os níveis projetados para o fim deste mês. O Nordeste com 72,4% de sua capacidade; a região Sul, com 58,2%; Norte, com 62,0% e Sudeste, com 39,2%. A previsão indica que as melhores afluências serão no subsistema Nordeste com 67% da MLT; seguido do Norte, com 66% da MLT; Sudeste/Centro-Oeste, com 65% da MLT; e, por fim, o Sul, com 47% da MLT.