PLD cai 16% em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 24 e 30 de novembro caiu 16% ao passar de R$ 119,21/MWh para R$ 100,72/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.
O principal fator para a queda do preço em todos os submercados é previsão mais otimista de afluências para o Sudeste (de 120% para 129% da média histórica) que, em termos de energia, está cerca de 2.700 MWmédios mais alta. Para o Sistema Interligado Nacional – SIN, as ENAs esperadas para novembro subiram de 109% para 114% da MLT. Os demais índices estão previstos em 109% no Sul, 69% no Nordeste e em 77% da média no Norte.
Para a próxima semana, a expectativa é que a carga do Sistema fique em torno de 590 MWmédios mais baixa, redução verificada em todos os submercados, exceto no Nordeste (+60 MWmédios). As reduções são de 300 MWmédios no Sudeste e no Sul, além de 50 MWmédios no Norte.
Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 105 MWmédios mais altos frente ao esperado, com elevação no Sudeste (+410 MWmédios) e Norte (+280 MWmédios). No Sul (-220 MWmédios) e no Nordeste (-365 MWmédios), há registro de queda nos níveis.
Consumo sobe 3,8%
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de novembro apontam aumento de 3,8% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Nas duas primeiras semanas de novembro, o consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 62.814 MWmédios, montante de energia superior aos 60.536 MWmédios consumidos no mesmo período do ano passado.
O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), registrou aumento de 4% no consumo, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento dos agentes não fosse levado em conta na análise, o consumo seria 5,1% maior, impactado pela presença dos feriados e pelas altas temperaturas, especialmente na segunda semana do mês.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo cresceu 3,3% quando a migração é considerada. O incremento no consumo também é registrado sem as novas cargas oriundas do ACR na análise, mas menos expressivo, em 0,7%.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, o setor de minerais não-metálicos (+6,9%), alimentício (+3,7%) e de madeira, papel e celulose (+2,3%) foram os segmentos com maior evolução no consumo, quando a migração não é considerada na análise. Por outro lado, os ramos de metalurgia e produtos de metal (-3,1%), têxtil (-1,7%) e de transportes (-0,6%) apresentaram retração no consumo, isso no mesmo cenário sem migração.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em novembro, equivalente a 78,7% de suas garantias físicas, ou 47.480 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 86,4%.