Celse recebe turbinas da GE
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Celse) —
O Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I, projeto da Celse – Centrais Elétricas de Sergipe, na cidade de Barra dos Coqueiros, acaba de receber três turbinas a gás 7HA, consideradas as mais eficientes do mercado. A GE foi contratada pela Celse para construir, operar e fazer a manutenção da térmica, além de aplicar soluções digitais para potencial otimização operacional e segurança cibernética.
A UTE vai operar em ciclo combinado, com as três turbinas a gás modelo 7HA e uma a vapor, além de um gerador de vapor de recuperação de calor (HRSG), podendo atingir, sob determinadas condições, uma taxa de eficiência de até 62%. A turbina a gás 7HA é a primeira do gênero a chegar ao Brasil e, para o desenvolvimento dessa tecnologia, a GE investiu quase US$ 2 bilhões.
O Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I é o maior investimento privado já realizado no estado, num total de R$ 5,4 bilhões. Quando entrar em operação, será a maior térmica a gás natural da América Latina. O empreendimento inclui ainda uma Linha de Transmissão e Instalações Offshore, que contemplam uma unidade de armazenamento e regaseificação GNL e gasoduto. Para viabilizar o projeto, a Celse assinou, em abril deste ano, os contratos de financiamento com bancos e organismos multilaterais.
Recentemente, a Celse recebeu da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o registro para as instalações de apoio ao transporte aquaviário, ou seja, para a instalação do navio FSRU, que regaseificará o GNL (Gás Natural Liquefeito) importado. “O êxito na obtenção dessa autorização só foi possível graças ao comprometimento e esforços da empresa e das autoridades envolvidas no processo: É o primeiro projeto envolvendo um FSRU aprovado dentro do está disposto na Resolução 13 da Antaq”, disse Pedro Litsek, presidente da empresa.
“A termelétrica é um projeto de extrema importância para o Estado de Sergipe e também para o Brasil, pela sua capacidade de geração de energia a qualquer momento. Sua implantação no Nordeste do país melhora em muito a estabilidade do sistema na região, onde há muita geração intermitente”, afirma Daniel Meniuk, diretor de Regional para o negócio de geração térmica no Brasil e Cone Sul. Ele explica que a UTE pode trazer mais segurança para a rede, e potencialmente suprir a demanda energética em momentos críticos, o que poderia evitar apagões ou interrupções no fornecimento de energia.
Neste projeto, a GE foi contratada para implantar a UTE em regime “chave na mão”, incluindo a conexão com o sistema interligado através de uma linha de transmissão de 33 km de extensão. A GE também fornecerá equipamentos fabricados no Brasil, por exemplo os transformadores. O contrato de serviço plurianual inclui reparos, a operação e a manutenção por 25 anos, abrangendo manutenção programada nas turbinas a gás e a vapor, componentes auxiliares, geradores e sistemas de controle. Atualmente, a GE, considerando suas diversas tecnologias, responde por mais de 33% de toda a energia produzida no Brasil, ou mais de 47 gigawatts.
Quando entrar em operação comercial, em janeiro de 2020, a maior usina a gás do Brasil será capaz de gerar até 1.516 megawatts. A termelétrica terá capacidade de gerar energia para os lares de até cerca de 20 milhões de brasileiros, podendo atender até 15% da demanda energética do Nordeste. A usina poderá quadruplicar a geração anual de energia de Sergipe e possivelmente tornar o menor estado brasileiro no segundo maior gerador de energia da região.
A Celse é uma empresa criada pela brasileira Ebrasil – Eletricidade do Brasil e a Golar Power (joint-venture entre a norueguesa Golar LNG e o fundo de investimentos americano Stonepeak Infrastructure Partners). Foi fundada em 2015 para a geração e comercialização de energia elétrica a partir de unidades geradoras de energia termoelétrica a gás. A empresa, instalada no estado de Sergipe em uma área de 130 hectares, no município de Barra dos Coqueiros, terá uma capacidade instalada de 1.551 MW. A Celse foi vitoriosa no Leilão de Energia Nova A-5 em abril de 2015, firmando 26 contratos de venda de energia com data de operação comercial em janeiro de 2020.