Taxa Selic para 2025 fica estável, diz Focus
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 continuou em 14,75% pela quarta semana consecutiva. Os juros estão nesse nível desde 07 de maio, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa em 0,5 ponto porcentual.
Considerando apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para o fim de 2025 também se manteve em 14,75%.
Na ata da reunião de maio, o Copom afirmou que a taxa básica de juros está em nível “significativamente contracionista” e “já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação de crescimento”. “Dadas as defasagens inerentes aos mecanismos de política monetária, espera-se que tais efeitos se aprofundem nos próximos trimestres”, afirmou o Comitê.
Uma semana antes, no comunicado da sua decisão, o colegiado já havia tornado o seu balanço de riscos para a inflação simétrico e abandonado o forward guidance, deixando as possibilidades em aberto para a sua próxima reunião, nos dias 17 e 18 de junho.
“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, afirmou.
A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela 18ª semana consecutiva. Levando em conta apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária também se manteve em 12,50%.
A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 16ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 23ª semana consecutiva.
Mediana do IPCA caiu ligeiramente
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,50% para 5,46%. Agora, está menos de 1 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 55 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida passou de 5,50% para 5,42%.
A projeção para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,50% pela terceira semana consecutiva colada ao teto da meta. Um mês antes, era de 4,51%. Considerando apenas as 54 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana também ficou em 4,50%.
O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio. O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado.
Na última reunião, o comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75% o maior nível desde julho de 2006. Desde setembro, quando o ciclo de aperto teve início, os juros já subiram 4,25 pontos.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela 15ª semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,81% para 3,85%. Um mês antes, era de 3,80%.
Confiança Empresarial da FGV cresce 0,4 ponto
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) cresceu 0,4 ponto em maio ante abril, para 94,8 pontos, informou nesta segunda- a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, a confiança empresarial encolheu 0,1 ponto.
“A alta da confiança empresarial em maio interrompe, ao menos temporariamente, a tendência de queda observada desde janeiro, associada à desaceleração dos segmentos monitorados pelas sondagens empresariais do FGV IBRE. Ainda é cedo para se projetar uma reversão de tendência, mas os resultados apontam alguns sinais de resiliência da atividade no segundo trimestre e uma discreta melhora nas expectativas em relação à evolução dos negócios nos próximos meses”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu 0,2 ponto em maio ante abril, para 96,5 pontos.
“O resultado reverte a queda de abril e mantém o índice no patamar dos 96 pontos, inferior ao observado na média em torno de 98 pontos no segundo semestre do ano passado”, apontou a FGV
O Índice de Expectativas (IE-E) teve alta de 0,5 ponto, para 93,0 pontos.
Quanto à situação atual, o componente que mede a demanda no momento presente subiu 0,5 ponto, para 97,4 pontos, enquanto o item que avalia a satisfação com a situação atual dos negócios recuou 0,1 ponto, para 95,6 pontos.
Entre as expectativas, a demanda prevista para os próximos três meses subiu 0,7 ponto, para 93,0 pontos. O componente que mede as expectativas para a evolução dos negócios seis meses à frente cresceu 0,4 ponto, para 93,2 pontos.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de empresas dos quatro setores entre os dias 5 e 26 de maio.
