Coelho Filho faz opção pelo Governo
Maurício Corrêa, de Brasília —
Entre seu partido, o PSB, e o Governo, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, optou pelo Governo. A decisão — comunicada através de redes sociais e mais tarde (17h13m) divulgada através de nota oficial através do Gabinete do Ministro disponibilizada na homepage do MME — não chega a ser uma surpresa, pois Coelho Filho desde a semana passada já dava indicações em conversas com vários interlocutores que não ia romper com o presidente Michel Temer devido ao que considera um dever de lealdade.
Segundo a nota, “o momento exige responsabilidade ante os graves problemas da pauta nacional. Responsabilidade e equilíbrio. Há um ano, recebi do Presidente da República a confiança e a missão de reestruturar setores estratégicos, marcados por conflitos e incertezas em decorrência de um modelo esgotado e incapaz de atender às necessidades do Brasil. Recebi do Presidente a liberdade para escolher e liderar uma equipe técnica, reconhecidamente respeitada, trazendo credibilidade e retomando o diálogo com o setor. Fortalecemos um ambiente de confiança, sadio, propositivo e livre da visão intervencionista e estatizante”.
Mais à frente, Coelho Filho argumentou que tinha a convicção que “hoje, estamos contribuindo para a retomada do desenvolvimento com um projeto racional e transformador para os setores de energia elétrica, óleo e gás, biocombustíveis e mineração. Também estou certo de que esse movimento não deve e não pode parar. Ouvi o Presidente da República, ouvi companheiros do Congresso Nacional, ouvi a minha equipe, ouvi o setor e ouvi a minha consciência. Mais do que gestos políticos, o momento exige coragem e atitude. Exige lealdade”.
No seu entendimento, deixar o Ministério, como orienta o PSB, “não contribui para a construção de saída para a crise que enfrentamos. A melhor contribuição que devo dar ao país é o meu compromisso com a missão que me foi atribuída. Por isso permaneço no Ministério”, garantiu.