Brasília é igual ao Amapá
Os problemas de abastecimento de energia elétrica em Brasília se parecem muito com o que ocorreu recentemente no Amapá.
Ninguém imaginava que pudesse acontecer na Capital Federal. Pois é, aconteceu. Enquanto era no Amapá, um estado periférico, as autoridades não ligavam muito para a questão.
Mas em Brasília, com todo mundo olhando e percebendo a escuridão (congressistas, altos funcionários, diplomatas, generais, etc) a coisa é diferente. Uma das regiões mais afetadas pelo descaso da concessionária Neoenergia é o Lago Norte, onde moram não apenas jornalistas, mas, também, funcionários graduados do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica, de muitos órgãos do governo, diplomatas estrangeiros, generais aposentados, etc.
No exato momento em que este texto está sendo redigido (30.11, 11h20m) falta energia novamente no CA do Lago Norte e tem gente presa no elevador. A situação está tão fora de controle no Distrito Federal que se poderia dizer que está ao ponto de vaca não conhecer bezerro.
A Aneel convocou o alto comando da Neoenergia no Brasil e os responsáveis pela empresa no DF. A reunião estava a princípio marcada para esta segunda-feira, mas houve um problema de agenda e foi confirmada para esta quarta-feira, 1º de dezembro, em Brasília. O regulador, que defende os consumidores através do acompanhamento do contrato de concessão, quer conhecer a versão da empresa para o que está acontecendo.
Dentro da própria Aneel, uma fonte explicou ao site Paranoá Energia que a semelhança com o Amapá tem todo sentido, pois a fiscalização da agência reguladora não verifica mais os equipamentos das concessionárias e, sim, apenas acompanha os indicadores.
Se isso for procedente, tem uma responsabilidade da Aneel embutida na precariedade do serviço de distribuição de energia elétrica atualmente oferecido na Capital do País. Nesse contexto, não apenas a Neoenergia, mas, também a Aneel precisa se manifestar.