Maurício Corrêa, de Brasília —
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, está pegando o boi. Provavelmente já deve estar a caminho da China, para representar a agência em um evento denominado BloombergNEF Summit, na cidade de Shanghai.
Como não pega bem ele autorizar a própria viagem, o ato oficial foi assinado pela diretora-geral substituta, Agnes Aragão da Costa. Sandoval está autorizado a ficar fora do Brasil no período de 21 a 30 de novembro.
Essa viagem do diretor-geral da Aneel mostra claramente que a Aneel não se sente nada intimidada por uma eventual auditoria nas suas viagens internacionais, que pode ser feita pela Controladoria Geral da União (CGU), do mesmo modo que o órgão de controle já fez na ANTT.
Há poucos dias, o “Paranoá Energia” disponibilizou matéria publicada com exclusividade pelo site “Metrópoles”, mostrando que a CGU entrou na ANTT, virou aquela agência pelo avesso e encontrou uma orgia de gastos com viagens.
E também mostra que, na Aneel, viajar ao exterior aparentemente faz parte do contracheque. Todo mundo viaja para o mundo inteiro, sem discriminação de País. Obviamente, servidores em postos inferiores na hierarquia da Aneel vão ao Paraguai. O diretor-geral, que é uma espécie de general quatro estrelas, vai à China. O editor entende como essas coisas funcionam, a Aneel não precisa se preocupar.
Servidor, diretor, um verdadeiro festival. É por isso que este site, que não pode fazer muito sobre o assunto, a não ser denunciar, chama essa farra de viagens do pessoal da Aneel ao exterior de Aneel Tour.
Pelo visto, da Aneel Tour não escapa nem o diretor-geral Sandoval Feitosa. Tá todo mundo no mesmo barco, ou melhor, no mesmo avião.