Lucro da Cemig cai 9,9%. O da Copel sobe 24,6%
A Cemig reportou lucro líquido de R$ 1,038 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado reflete a exposição da companhia à diferença de preços entre submercados, o que impactou negativamente a atividade de comercialização de energia
Ao longo do primeiro trimestre, os preços da energia ficaram quase R$ 400 maiores no Sudeste/Centro-Oeste e Sul, em relação ao Nordeste e Norte.
Entre janeiro e março, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado diminuiu 9,6% em base anual de comparação, para R$ 1,799 bilhão. Já a receita líquida da Cemig no primeiro trimestre avançou 8,7%, para R$ 9,844 bilhões.
A dívida da Cemig ficou em R$ 15,242 bilhões ao final de março, montante 24,1% maior do que o observado no quarto trimestre de 2024. O prazo médio de amortização é de 5,5 anos.
Lucro da Copel sobe
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) obteve lucro líquido de R$ 664,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 24,6% na comparação anual. Ajustando a itens não recorrentes, o resultado líquido do período foi de R$ 576,9 milhões, crescimento de 6,4% na base anual de comparação.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 1,736 bilhão no trimestre, valor 24,1% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior. Já o Ebitda recorrente somou R$ 1,503 bilhão, aumento de 13,0%. A margem Ebitda ajustada alcançou 25,5% no trimestre, alta de 3,8 pontos porcentuais na mesma base de comparação.
De janeiro a março, a receita operacional líquida da Copel aumentou 8,8% em relação à igual trimestre de 2024, para R$ 5,892 bilhões na base anual, impulsionada pelo aumento da receita com suprimento de energia, do aumento da energia vendida na comercialização e na redução no desvio de geração eólica, apontou a companhia. A empresa também citou a maior receita com disponibilidade da rede elétrica.
Ao final de março, a dívida líquida era de R$ 12,911 bilhões, ante os R$ 13,157 bilhões do encerramento do ano passado. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda, alcançou 2,3 vezes no período, queda de 0,3 vez ante dezembro de 2024.
