CMO: sinais para fim do período chuvoso no SE
Da Redação, de Brasília (com informações do ONS) —
O Custo Marginal de Operação (CMO) parece ter se descolado da relativa estabilidade das últimas semanas, começando um período ainda discreto de alta. A nova previsão de custo futuro da energia indica que finalmente parece ter terminado o período úmido no Sudeste, considerando que abril foi relativamente atípico, com muita chuva além do normal de todos os anos.
Segundo o ONS, para a próxima semana operativa o CMO está zerado no Nordeste e Norte. Mas para o Sudeste/Centro-Oeste foi fixado pelo Operador em R$ 244,95 e no Sul em R$ 249,34. Na semana anterior, o CMO era de R$ 111,94 no Norte e Nordeste, enquanto no Sudeste/Centro-Oeste estava em R$ 173,87 e no Sul em R$ 188,15. No período que se iniciou em 18 de abril, o Sudeste/Centro-Oeste estava com CMO de R$ 163,42, ao passo que no Sul o valor era de R$ 173,26.
O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) para a semana operativa entre 03 e 09 de maio traz uma indicação de estabilidade nas projeções de Energia Natural Afluente (ENA) ao final de maio, ante a previsão inicial. A afluência deve ser inferior à média esperada para o período em todos os subsistemas. No Sudeste/Centro-Oeste, o indicador deve chegar a 86% da Média de Longo Termo (MLT). Na sequência, estão o Norte, com 70% da MLT; o Sul, com 49% da MLT; e o Nordeste, com 39% da MLT.
A perspectiva de estabilidade também é observada nos resultados atuais de Energia Armazenada (EAR). Em 31 de maio, três regiões podem apresentar números superiores a 70%: o Norte, 98%; o Nordeste, 73,2%; e o Sudeste/Centro-Oeste, 71,4%. O Sul ao final do mês deve registrar 37,7%.
“Seguimos otimizando os recursos, com uma política operativa de preservação dos reservatórios, o que se reflete na perspectiva de EAR acima de 70% em três subsistemas. Estamos atentos aos cenários, tomando as melhores decisões conforme os cenários vão se concretizando”, afirmou Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS.
A tendência para a demanda de carga também está similar à apresentada inicialmente para maio, com possível expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todas as regiões. O crescimento no SIN é estimado em 1,9% (80.541 MWmed). A indicação de aceleração mais expressiva segue prevista para o Norte, com 5,3% (8.081 MWmed) e seguida pelo Sul, com 4,1% (13.490 MWmed). Para o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste, o crescimento da carga deve ser de 3,6% (13.510 MWmed) e 0,3% (45.460 MWmed). Os percentuais comparam as projeções de maio de 2025 com os resultados verificados no mesmo período de 2024.