Governo diz que distribuição precisa de ajustes
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, diz que a reunião feita na terça-feira, 16, com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, focou em demonstrar a disposição do governo com o setor de distribuição. “A fim de que não deixemos uma laranja podre estragar o saco”, afirmou a jornalistas após evento realizado em Brasília.
A reunião com Nunes ocorreu no momento em que a capital paulista registra problemas nos serviços prestados pela Enel, com avaliação de caducidade do contrato.
Para Silveira, há ajustes para o setor de distribuição que precisam ser feitos com brevidade, o que, segundo ele, será buscado nos processos de renovações. “Seremos rigorosos para, principalmente, buscar a qualidade do serviço para o consumidor brasileiro”, disse.
Entre as medidas pensadas que podem beneficiar os consumidores, Silveira citou a busca por outras fontes de receita para distribuidoras além das tarifas. “Precisamos preparar as distribuidoras para que consumidores possam ir para o mercado aberto de forma mais rápida”, disse.
Enel pode perder concessão, diz prefeito de São Paulo
Após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta terça-feira, 16, que a concessionária de energia Enel está em processo de caducidade da concessão e o contrato não deve ser renovado. Segundo ele, as regras devem estar previstas no decreto que será elaborado pelo ministro e publicado em duas semanas.
“Na conversa, eu fiz questão de perguntar: ministro, sobre a questão da Enel, está em processo de caducidade, haverá possibilidade de renovação? Ele falou que empresas que estão em processo de caducidade não podem renovar. Agora, quanto tempo demora isso e se é possível em um prazo ela sair desse processo, eu não saberia dizer”, disse Nunes aos jornalistas.
O prefeito de SP disse que, além de tratar sobre as renovações das concessões, o decreto deve prever a retirada de expurgos para garantir uma melhor aferição da qualidade dos serviços prestados pelas empresas.
“Hoje, a Enel, que é essa empresa que presta um serviço muito ruim na cidade de São Paulo e em vários locais, está dentro do parâmetro considerado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Eles foram expurgando situações onde não se considera a falta de energia em várias situações”, disse.