GEQ e Copa se unem em projeto de GLP em PE
Maurício Corrêa, de Brasília (com apoio do Grupo Edson Queiróz e da Copa Energia) —
Dois gigantes brasileiros que atuam na distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) — o Grupo Edson Queiróz, do Ceará, e a Copa Energia, de Mato Grosso do Sul — se uniram para desenvolver o projeto da OTGN, um terminal para armazenamento refrigerado de GLP no Porto de Suape, em Pernambuco. A Oiltanking também participa da iniciativa, cujo investimento estimado é de R$ 1,2 bilhão, com previsão de início de operação em 2027. A informação foi divulgada pelo Grupo Edson Queiróz (GEQ).
Um dos principais grupos econômicos de raiz nordestina, o Edson Queiróz atua através de um portfólio diversificado de marcas e produtos de segmentos variados. A empresa destaca-se na área de energia, através do armazenamento, envase e distribuição de GLP, com a marca Nacional Gás. Também atua nos segmentos de eletrodomésticos (Esmaltec), alimentação (Minalba e Indaiá) e Comunicação (Sistema Verdes Mares).
Quanto à Copa Energia, trata-se de um grupo surgido em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, também com grande expressão no segmento de engarrafamento, comercialização e distribuição de GLP, através das marcas Copagaz e Liquigás. A holding Itaúsa tem 49% do negócio. Em parceria com a USP, a Copa Energia desenvolve o projeto do bioGLP, um substituto sustentável ao GLP fóssil, com a meta de introdução no mercado brasileiro entre 2024 e 2025.
A pesquisa abrange a análise de rotas tecnológicas para a produção de bioGLP a partir de fontes renováveis, como resíduos, bagaço de cana-de-açúcar e óleos vegetais, o que representa uma redução significativa de emissões em comparação ao GLP convencional. Esse projeto é desenvolvido no Hub de Energias Renováveis da USP, inaugurado
em 2023, assinala uma publicação da Copa Energia disponível na internet.
Grupos estruturados
A empresa cearense recém-divulgou o resultado do seu balanço em 2023. O grupo apresentou uma receita bruta de R$ 12,2 bilhões. O Ebitda ficou em R$ 1,2 bilhão, o que significou um avanço significativo sobre o resultado anterior.
Os números da Copa Energia (que é considerada a maior distribuidora de GLP da América Latina) são muito semelhantes: receita deR$ 10,2 bilhões em 2023, com Ebitda de R$ 1,1 bilhão.
Em 2023 houve uma redução do preço do GLP nas refinarias de 30%. Segundo o Grupo Edson Queiróz, a operação da Nacional Gás nesse período se manteve estável atendendo o mercado sem intercorrências. “Essa solidez é fruto de investimentos em otimização de operação e inovação digital para aprimoramento na experiência dos revendedores. Para 2024, a empresa planeja ampliar e fortalecer sua atuação no segmento empresarial, além da modernização de suas principais bases de ativos” esclareceu um comunicado do grupo.
Já a Minalba Brasil, líder em seu segmento de mercado, realizou investimentos em suas unidades fabris de Campos do Jordão e Águas de Santa Bárbara, em São Paulo; no lançamento das latas inclusivas, como a primeira lata com inscritos em braile, e seu primeiro produto social em parceria com a ONG Gerando Falcões. Também promoveu a ampliação do seu portfólio exclusivo de marcas importadas com a chegada das novas embalagens de Perrier, S. Pellegrino e Acqua Panna, e aumentou suas ativações de marca, com sua primeira promoção nacional e primeira Corrida de Rua. Em 2024, a Minalba Brasil segue em sua jornada de estruturação logística, se posicionando como gestora de marcas. Além de ampliar suas parcerias estratégicas com grandes players, visando expandir ainda mais sua abrangência nacional.