CMO fica diferente de zero depois de 14 meses
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
Depois de 14 meses, o Custo Marginal de Operação (CMO) está com valor diferente de zero pela primeira vez. A informação foi divulgada pelo ONS, esclarecendo que o CMO está em R$ 0,06 e é o mesmo para os quatro subsistemas.
Segundo o ONS, o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente à semana operativa entre os dias 24 de fevereiro a 1° de março, traz as estimativas para o final de março de 2024.
As projeções para Energia Natural Afluente (ENA) seguem inferiores à média histórica do período tipicamente úmido em curso, o que vem sendo alertado pelo ONS como ponto de atenção.
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% dos reservatórios de maior interesse do Sistema Interligado Nacional (SIN), deve encerrar março com ENA de 69% da Média de Longo Termo (MLT), o que seria a sétima pior ENA para o mês da série histórica de 94 anos. Para as demais regiões, as indicações para a ENA são de: 110% da MLT na região Norte; 76% da MLT, no Sul; e 64% da MLT para o Nordeste.
Com relação à Energia Armazenada (EAR), a indicativa é de um cenário adequado para o período, com três subsistemas podendo chegar ao último dia de março com patamares superiores a 60%: o Norte, 95,8%; o Nordeste, 73,3%; e o Sudeste/Centro-Oeste, 69%. A região Sul deve atingir EAR de 48% em 31 de março.
Os cenários prospectivos para a carga são de aceleração no SIN e em três subsistemas. O SIN deve registrar avanço de 3,8% (82.438 MWmed). Os submercados com perspectiva de crescimento são o Norte, 8,1% (7.456 MWmed), o Nordeste, 7,1% (13.289 MWmed), e o Sudeste/Centro-Oeste, 3,6% (47.126 MWmed).
A região Sul pode apresentar redução na demanda de carga em 0,2% (14.567 MWmed). Os números são comparações entre as perspectivas de março de 2024 e o mesmo período de 2023.