EY vai formular modelo do ML para Abraceel
Maurício Corrêa, de Brasília —
A associação dos comercializadores de energia, a Abraceel, contratou a empresa de consultoria EY para apresentar um diagnóstico e proposta relativos à abertura total do mercado de energia elétrica no Brasil, incluindo o segmento da baixa tensão.
A equipe da EY que vai trabalhar no assunto é liderada por Diogo Mac Cord. Em meados deste ano, ele foi anunciado pela consultora como novo líder da área de infraestrutura e mercados regulados na América Latina, com atuação não só no Brasil, mas, também, na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
Antes, Mac Cord ocupou cargos relevantes no Ministério da Economia, como secretário nacional de Desenvolvimento de Infraestrutura e secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados.
O contrato prevê a formulação de um modelo regulatório adequado visando à abertura integral do mercado de energia elétrica, que é uma antiga aspiração dos comercializadores e está na beira para sair, depois de anos de incompreensões por parte das autoridades do MME e do Governo Federal em geral. No mercado, entende-se que essa abertura agora é apenas uma questão de tempo, pois já existe suficiente convergência em torno da necessidade de modernizar o setor elétrico brasileiro.
Os comercializadores querem que o modelo a ser apresentado pela EY compreenda não apenas a baixa tensão, mas, também, um amplo pacote contendo estudos de abrangência técnica, econômica e financeira, avaliação de impactos e, inclusive, minutas de atos normativos para alguns aspectos considerados críticos.
Há uma preocupação enorme dos comercializadores em relação à questão da portabilidade da conta de luz. O fato concreto é que, embora todos na Abraceel queiram a portabilidade, pois ela poderá representar uma expansão dos negócios, existem muitas dúvidas em relação ao chamado “day after”. Saiu a portabilidade: e aí, como fazer? É uma dúvida natural, depois de mais de duas décadas de mercado engessado, que a consultoria da EY precisará responder, inclusive questões como a sobrecontratação involuntária dos agentes e o custo do lastro.
Este site apurou que, em um relatório encaminhado aos associados, no final da semana, contendo um registro da contratação da EY, a associação listou outros itens para os quais precisa ter resposta rápida e precisa dos consultores:
• efeito da CDE dos descontos na Tusd;
• comercialização regulada e gestão do portfólio pelas distribuidoras;
• separação fio e energia;
• supridor de última instância;
• open energy;
• como fazer a alocação gradual da energia de Itaipu no ACL;
• adequação do suprimento;
• papel do comercializador varejista no processo;
• faturamento;
• medição;
• tarifa binômia.