Rússia corta gás natural para a Polônia
A estatal PGNiG, companhia petrolífera da Polônia, confirmou nesta terça-feira que recebeu uma carta da estatal russa Gazprom anunciando a suspensão completa dos fornecimentos de gás sob o contrato Yamal, a partir desta quarta-feira, 27.
Por meio de comunicado oficial, a PGNiG afirma que monitora a situação e que manterá o mercado atualizado, estando preparada para diversos cenários. A empresa ainda diz que sua infraestrutura de transmissão está funcionando sem problemas.
“Graças à implementação da estratégia governamental de diversificação das fontes de abastecimento de gás, a PGNiG está preparada para obter gás de várias direções. O balanço é complementado pela produção nacional de gás e reservas de combustível acumuladas em instalações de armazenamento subterrâneo. Atualmente, o nível do armazém é de cerca de 80%”, diz o texto.
Anteriormente, autoridades da Rússia haviam ameaçado cortar o gás para países da Europa, a menos que estes pagassem em rublos, o que para as nações europeias significaria uma quebra de contrato.
Estados Unidos
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou nesta terça-feira, 26, que os Estados Unidos não pretendem tomar decisões no curto prazo que elevem mais os preços de energia. Durante audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado em Washington, ele ponderou que uma medida do tipo na verdade poderia beneficiar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por aumentar a receita da Rússia no setor de energia.
Blinken disse que os EUA têm buscado que outros países “voluntariamente” deixem de comprar da Rússia nesse setor, mas não falou em sanções contra os que continuam a fazê-lo.
Ele também afirmou que a Europa de fato deseja depender menos da Rússia em energia.
A autoridade ainda revelou que os EUA pretendem enviar diplomatas de volta à Ucrânia nesta semana. Segundo Blinken, o governo americano mantém contatos com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre o que é necessário para prosseguir com a ajuda no conflito.