Engie fecha 3º tri com lucro de R$ 490 mi

A Engie Brasil Energia registrou lucro líquido de R$ 490 milhões no terceiro trimestre de 2020 (R$ 0,6002/ação), valor 34% (R$ 252,7 milhões) abaixo do alcançado no mesmo intervalo do ano passado, A receita operacional líquida de R$ 3,208 bilhões no terceiro trimestre de 2020, um acréscimo de 28,7% (R$ 714,7 milhões) em comparação ao montante apurado em igual período de 2019.

Os dados foram divulgados pela Engie nesta quinta-feira, 05 de novembro. No segmento de geração e venda de energia, a elevação da receita decorreu do aumento do preço de venda de 3,8%, do aumento do resultado nas operações de curto-prazo  no âmbito da CCEE e da exportação de energia, compensados parcialmente pela redução do volume de vendas, em função, principalmente, do menor consumo pelos clientes.

No seguimento de transmissão, a receita aumentou de forma expressiva em razão da aplicação de norma contábil específica decorrente da construção dos ativos de transmissão, motivada pelos avanços nas execuções das obras dos Sistemas de Transmissão Gralha Azul e Novo Estado.

“No terceiro trimestre de 2020, a Engie Brasil Energia seguiu com suas operações, colhendo os frutos da diversificação de negócios, sem perder de vista a preocupação com os impactos da pandemia da Covid-19 que ainda repercute na economia global” destacou Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Companhia.

O Ebitda registrado no terceiro trimeste de 2020 foi de R$ 1,432 bilhão, uma redução de 9,4% (R$ 148,6 milhões) em comparação ao mesmo período do ano passado, motivada, em grande parte, por ganho não recorrente de R$ 321 milhões apurado no terceiro trimestre de 2019. Excluindo esse ganho, o Ebitda teria crescido R$ 172 milhões, ou seja, 13,7%.

O preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading, foi de R$ 196,5/MWh no período, valor 3,8% superior ao registrado no terceiro trimestre de 2019. A elevação do preço foi motivada, substancialmente, pela atualização monetária dos contratos vigentes e pelos bons preços da exportação de energia no terceiro trimestre de 2020.

A quantidade de energia vendida no trimestre passado apresentou uma redução de 4,3% em comparação ao mesmo período de 2019, resultante da redução do consumo de energia de clientes motivada pela Covid-19. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, as vendas de energia subiram 6,9%, confirmando a tendência de recuperação do mercado em relação aos impactos da pandemia”, ressalta Sattamini.

A produção de energia elétrica nas usinas operadas pela Engie Brasil Energia alcançou 12.274 GWh (5.559 MW médios) de julho a setembro de 2020, resultado 6,7% superior à produção de igual intervalo de 2019. O aumento da geração total das usinas hidrelétricas se deve, em parte, às condições hidrológicas mais favoráveis nas bacias hidrográficas onde localizam-se as usinas da Companhia, com maior impacto no subsistema Sul, além da retomada da carga global do Sistema Interligado Nacional (SIN) após o pico da crise sanitária da Covid-19.

Investimentos

 Os investimentos da Engie Brasil Energia somaram R$ 1,147 bilhão de julho a setembro de 2020, dos quais R$ 327,2 milhões relacionados à aquisição de participação societária na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG), e R$ 797,7 milhões aplicados na construção dos novos projetos: R$ 343,3 milhões concentrados na linha de transmissão Novo Estado Transmissora de Energia, R$ 299,6 milhões na Linha de Transmissão Gralha Azul, R$ 136,5 milhões no Conjunto Eólico Campo Largo – Fase II, e R$ 17,3 milhões na Usina Termelétrica Pampa Sul.

 A Engie Brasil é a maior produtora privada de energia elétrica do Brasil, com capacidade instalada própria de 10.211MW em 61 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade do país. A empresa possui quase 90% de sua capacidade instalada no país proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de GEE, como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa.  Com a aquisição da TAG, a Engie é agora também detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios.