Previsão de PLD médio cai para R$ 310,00
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou, nesta segunda-feira, 1º de outubro, uma análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD ao longo do mês de setembro e início de outubro. O PLD médio para 2018, no submercado Sudeste/Centro-Oeste, foi reduzido para R$ 310/MWh, frente aos R$ 316/MWh projetados no evento anterior, queda diretamente impactada por expectativas de afluências mais otimistas para os próximos meses.
Segundo Camila Giglio, da gerência de preços da CCEE, ao longo de setembro, os submercados Sul e Sudeste/Centro-Oeste registraram melhora no cenário hidrológico, com aumento na precipitação das principais bacias dessas regiões. “Já na quarta semana, observamos uma diminuição das afluências em decorrência de frentes frias bloqueadas por sistemas de alta pressão, que mantiveram as chuvas apenas no Sul”, afirma.
As afluências registradas no Sistema Interligado Nacional – SIN, em setembro, foram de 83% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste, 98% da média no Sul, 40% no Nordeste e em 73% da média histórica no Norte. Para outubro, as projeções indicam ENAs que tendem a permanecer no índice MLT. No Sul, o previsto é 64% da MLT, no Sudeste, as afluências devem ficar em 78%, mesma situação do Norte com ENAs em 69% da MLT. Já no Nordeste, o cenário é mais pessimista, com afluências projetadas abaixo da média histórica, devendo alcançar apenas 43% em outubro.
“Vimos que os níveis de três dos quatro reservatórios do Sistema, em 30 de setembro, na comparação com o mês anterior, apresentam reduções. A exceção é o submercado da região Sul, que apresentou aumento de 6.3 p.p (48,4%)”, ressalta. As quedas foram de 4.9 p.p. no Sudeste (23%), 3.2 p.p. no Nordeste (28,7%) e de 13,4 p.p. no Norte (40,2%).
O PLD médio de setembro fechou em R$ 472,75/MWh, no Sudeste, Sul e Nordeste. No Norte, atingiu R$ 473,58/MWh. Já em outubro, houve uma redução considerável no preço.
A expectativa para o fator de ajuste do MRE, em 2018, foi revisada para 80,1%, com índices em 56,7% para setembro e em 64% para o mês de outubro. Quando a projeção do MRE é ligada à repactuação do risco hidrológico, que considera a sazonalização “flat” da garantia física, esses índices apontam para 67,3% e 74,5%, respectivamente.
O impacto financeiro da análise do MRE, em um cenário hipotético de 100% de contratação da garantia física, subiu para cerca de R$ 38 bilhões para o ano, sendo R$ 25 bilhões referentes ao Ambiente de Contratação Regulada – ACR e R$ 13 bilhões ao Ambiente de Contratação Livre – ACL.
Já os Encargos de Serviços do Sistema – ESS devem alcançar R$ 275 milhões em setembro e R$ 54 milhões em outubro, sendo a maior parte motivada por segurança energética do sistema.