PLD mantém tendência de baixa: R$ 176,64
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 6 e 12 de janeiro registrou queda em todos os submercados. No Sudeste/Centro-Oeste, onde o preço passou de R$ 196,10/MWh para R$ 176,64/MWh, a retração é de 10%. No Sul, a queda também é de 10% com o preço saindo de R$ 199,55/MWh para R$ 178,67/MWh. No Nordeste, a retração foi de 1% (de R$ 182,49/MWh para R$ 179,91/MWh). Já no Norte, o PLD saiu de R$ 168,14/MWh para R$ 165,52, diminuição de 2% frente ao valor da semana passada.
Vale lembrar que, a partir de janeiro de 2018, os modelos Newave e Decomp passam a ser processados com novas versões, e como parte do processo de aprimoramento contemplam 12 Reservatórios Equivalentes de Energia ao invés dos 9 considerados até dezembro de 2017. Outro aprimoramento é a representação explícita das perdas das interligações entre os submercados, incorporadas na determinação dos preços, o que causa o desacoplamento entre o PLD dos submercados. É válido ressaltar que o limite de envio de energia pelo Nordeste nos patamares de carga leve e pesada foi atingido.
Em janeiro, as afluências para o Sistema Interligado Nacional – SIN são esperadas em 95% da Média de Longo Termo – MLT com índices acima da média no Sudeste (105%) e no Sul (139%). No Nordeste (42%) e no Norte (73%), as ENAs previstas para o período permanecem abaixo da MLT.
A previsão de carga para a próxima semana está 905 MWmédios mais baixa quando comparada à carga esperada na semana anterior com elevação apenas no Nordeste (+200 MWmédios). Há expectativa de redução no Sudeste (-605 MWmédios), Sul (-450 MWmédios) e no Norte (-50 MWmédios).
Já os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 2.660 MWmédios mais altos frente aos números projetados na última semana. As elevações foram verificadas nos submercados Sudeste (+1.425 MWmédios), Sul (+1.105 MWmédios) e Norte (+285 MWmédios). A previsão para os reservatórios do Nordeste, por sua vez, indica retração de cerca de 155 MWmédios nos níveis.
O fator de ajuste do MRE previsto para janeiro é de 113,2%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS esperados para o mês estão na ordem de R$ 117 milhões, sendo R$ 57 mi referentes à segurança energética.
Dados de consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de dezembro apontaram aumento de 1,2% no consumo e de 1,5% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Ao longo de dezembro, a análise indica que o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 61.533 MW médios, aumento de 1,2% na comparação com a energia consumida no mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, há queda de 2,2% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Ao desconsiderar a saída destas cargas na análise, o índice teria o aumento de 0,9%.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, apresenta aumento de 10,9%, número que considera o impacto das novas cargas vindas do ACR na análise. Quando esse movimento é descartado, o ACL registra incremento de 2,7%.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de metalurgia e produtos de metais (+9,5%), veículos (+9,3%) e têxtil (+7,6%) registram aumento no consumo, mesmo sem o efeito da migração na análise. No mesmo cenário sem migração, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos químico (-5,3%), de bebidas (-3,5%), e de minerais não-metálicos (-2,9%).
A geração de energia no Sistema registra aumento de 1,5% com 64.108 MW médios entregues pelas usinas no último mês de 2017. A análise indica elevação da entrega de plantas térmicas (+30,3%) e eólicas (+19,2%). A produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, foi 6,1% inferior, quando comparada à geração no mesmo período de 2016.