Energisa: há retomada no consumo de energia
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Energisa) —
Em um cenário de recuperação do consumo e com sinais de melhoria do contexto macroeconômico, a Energisa apresentou, no primeiro trimestre, Ebitda Ajustado de R$ 577,1 milhões, o que representa uma expansão de 30,4% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. O lucro líquido no período foi de R$ 130,9 milhões, crescimento de 5,4% ante os R$ 124,5 milhões registrados no mesmo período do ano passado. O grupo com foco na área de distribuição manteve a evolução na qualidade dos serviços e do fornecimento de energia, fruto de um expressivo programa de investimento que se mantém em curso.
A gestão rígida no controle de custos permaneceu e permitiu a queda de 4,5% nas despesas com PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros) no primeiro trimestre do ano, uma redução de R$ 20,9 milhões em relação a igual período de 2016.
Ao final de março, a dívida liquida totalizou R$ 6,1 bilhões, em linha com os valores de dezembro de 2016. O Ebitda dos últimos 12 meses totalizou R$ 2.186,2 milhões e consequentemente, a relação dívida líquida por Ebitda Ajustado passou de 2,9 vezes em dezembro de 2016 para 2,8 vezes em março de 2017, queda de 0,1.
Os investimentos do Grupo Energisa totalizaram R$ 432,7 milhões no primeiro trimestre, aumento de 42,9% em relação aos R$ 302,7 milhões investidos em igual período do ano anterior. Do total de investimento no primeiro trimestre deste ano, 75% foram destinados às distribuidoras que passarão pelo quarto ciclo de revisão tarifária entre agosto de 2017 e abril de 2018 – Energisa Paraíba, Energisa Sergipe, Energisa Mato Grosso e Energisa Mato Grosso do Sul.
No comunicado ao mercado, a Energisa destacou a aquisição de dois lotes no leilão de transmissão realizado em abril pela Aneel, marcando a entrada do grupo no segmento. A empresa ficou com o lote 3, em Goiás, e o lote 26, no Pará. Os dois empreendimentos terão sinergias com regiões de atuação da Energisa no Norte e Centro-Oeste do país. O investimento total previsto pela Agência Reguladora nos lotes arrematados será de, aproximadamente, R$ 625 milhões, valores que ainda poderão ser otimizados pela Energisa.
“Este resultado permitirá ao Grupo diversificar riscos no seu portfólio, consolidando o modelo de negócios da companhia com investimentos que proporcionem sinergias entre seus ativos”, afirma Maurício Botelho, vice-presidente Financeiro do grupo Energisa.
No primeiro trimestre, o consumo de energia nas áreas de concessão do Grupo cresceu 2,2%, em relação a igual trimestre de 2016, totalizando 7.372,4 GWh, o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2015. Historicamente, a Energisa apresenta crescimento acima do consumo médio brasileiro, comportamento revertido nos últimos trimestres de 2016 em função da crise econômica. No primeiro trimestre, a Energisa voltou a apresentar crescimento superior ao consumo do país, que, segundo dados da EPE, foi de 2% no período.
Com exceção do Tocantins, onde as fortes chuvas e as temperaturas mais amenas levaram a uma redução no consumo de energia em relação ao mesmo período do ano anterior, todas as concessões onde o grupo atua tiveram aumento nas vendas de energia, num cenário que aponta para uma retomada do mercado.
Todas as classes de consumo apresentaram acréscimo no período examinado, com destaque para classe industrial, que teve ligeira expansão de 0,1%, dando sinais de recuperação no cenário macroeconômico após nove trimestres consecutivos de queda no segmento. A classe rural cresceu 9,9%, reflexo de safra recorde no Centro-Oeste neste ano.
Como reflexo do expressivo programa de investimentos realizado nos últimos anos, os indicadores de qualidade do serviço e do fornecimento de energia têm evoluído de forma positiva nas distribuidoras do Grupo Energisa.
As perdas totais consolidadas do Grupo Energisa nos últimos 12 meses encerrados em março de 2017 somaram 4.089,9 GWh (redução de 1,4% em relação a 2016), representando 12,15% da energia injetada, queda de 0,23 ponto percentual em relação ao resultado de dezembro de 2016, e redução de 0,11 ponto percentual em relação a março de 2016. No consolidado do Grupo Energisa, as perdas totais fecharam o período dentro do limite das perdas regulatórias.
No trimestre, a inadimplência (calculada pela relação percentual entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) e o fornecimento faturado, no período de 12 meses) foi de 0,19%, 0,82 ponto percentual inferior à registrada nos últimos 12 meses encerrados em março de 2016 (1,01%). Na comparação entre os primeiros trimestres de 2016 e deste ano, a taxa de arrecadação – que mede a quantidade de contas faturadas no universo das que são emitidas – permaneceu constante em 97,58%.
Com 112 anos de história, o Grupo Energisa é um dos maiores do Brasil em distribuição de energia elétrica. Uma das primeiras a abrir capital no Brasil, a companhia controla 13 distribuidoras em Minas Gerais (Energisa Minas Gerais), Paraíba (Energisa Paraíba e Energisa Borborema), Rio de Janeiro (Energisa Nova Friburgo), Sergipe (Energisa Sergipe), Mato Grosso (Energisa Mato Grosso), Mato Grosso do Sul (Energisa Mato Grosso do Sul), Tocantins (Energisa Tocantins), São Paulo (Caiuá, Vale Paranapanema, Bragantina e Nacional) e Paraná (Força e Luz do Oeste).
São, aproximadamente, 6,5 milhões de clientes – o que representa uma população atendida de cerca de 16 milhões de pessoas – em 788 municípios, nove estados em todas as regiões do Brasil. Com receita líquida anual de cerca de R$ 11 bilhões, o grupo gera aproximadamente 12 mil empregos diretos.
Com a missão de transformar energia em conforto, desenvolvimento e oportunidades de forma sustentável, responsável e ética, a Energisa atua com um diversificado portfólio que engloba distribuição, geração (Energisa Geração), serviços para o setor elétrico (Energisa Soluções), serviços especializados de TI e Call Center (Multi Energisa) e comercialização de energia (Energisa Comercializadora).