ONS espera reduzir restrições operativas no NE com LT´s construídas na Bahia
Maurício Corrêa, de Brasília (com informações do ONS) —
Pressionado pelas geradoras eólicas e solares instaladas no Nordeste, que sofrem as restrições operativas do ONS para escoar a sua energia elétrica, o Operador anunciou que tem a “expectativa” de, até o final deste ano, integrar ao sistema elétrico sete linhas de transmissão que estão em fase de construção no estado da Bahia.
As linhas são as seguintes:
. LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Jaíba C1 e C2
. LT 500 kV Jaíba – Buritizeiro 3 C1 e C2
. Eixo 500 kV Poções III – Medeiros Neto II – João Neiva 2 C1
. Eixo 500 kV Poções III – Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2
. LT 500 kV Morro do Chapéu II – Poções III C2
. Seccionamento da LT 500 kV Sobradinho – Luiz Gonzaga na SE Juazeiro da Bahia III
. LT 230 kV Morro do Chapéu II – Irecê C2 e C3
Enquanto essas linhas não são energizadas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou o início antecipado da operação de duas novas linhas de transmissão (LTs) do agente Rialma V: LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C4 ontem, 3 de abril, às 04h17min, ambas na Bahia.
“Com isso, dependendo do cenário, o novo limite de escoamento de geração na região Oeste da Bahia pode aumentar de 500 MW a 2500 MW. Estas LTs integram o Lote 2 do Leilão nº 001/2023”, informou o ONS.
A entrada em operação do empreendimento trouxe benefícios à gestão do Sistema Interligado Nacional (SIN) como, por exemplo, permitiu a ampliação dos limites no fluxo de energia Bahia em direção a outras regiões.
Outro ponto destacado pelo ONS é que o ingresso das novas linhas reduziu o carregamento de outros equipamentos na Rede Básica, o que futuramente pode diminuir a necessidade de corte de geração, e aumentar os limites das interligações Norte-Nordeste/Sudeste-Centro-Oeste.
“A integração antecipada dos empreendimentos aumenta a segurança sistêmica e melhora as condições de escoamento de geração do Nordeste, em especial para o escoamento de geração da região oeste da Bahia. O ONS, em conjunto com os demais atores do setor elétrico, tem buscado soluções estruturantes para vencer os desafios do setor elétrico com celeridade”, afirmou Marcio Rea, diretor-geral do ONS.