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Margem Equatorial agita o Governo

A Petrobras informou que recebeu nesta quarta-feira, 24, a aprovação do Ibama para a Avaliação Pré-Operacional (APO) realizada pela companhia em agosto. Esta é a etapa final do processo de licenciamento ambiental para exploração do bloco FZA-M-59, localizado em águas profundas do Amapá, na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.

No documento, o Ibama afirma que “levando em consideração as observações registradas pela equipe de avaliadores, a robustez da estrutura apresentada, bem como o caráter inédito da atividade executada – marcada por desafios logísticos relevantes, pela dimensão da estrutura acionada e pela amplitude das vertentes de análise – considera-se a Avaliação Pré-Operacional do Bloco FZA-59 aprovada”, informou a estatal.

Segundo a Petrobras, na decisão o Ibama também solicita que sejam incorporados ajustes ao plano de proteção à fauna apresentado pela companhia, “de modo a contribuir para o processo de melhoria contínua da estrutura de resposta, garantindo sua adequação e alinhamento aos requisitos da região”

A Petrobras afirmou que irá revisar o plano conforme as observações apontadas no parecer e reapresentará o documento ao Ibama até a próxima sexta-feira, 26.

“Com a aprovação da APO e o cumprimento dos demais requisitos do processo de licenciamento, a Petrobras espera receber em breve a licença ambiental para perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-59, por meio do qual a companhia irá buscar informações geológicas e investigar a existência de petróleo”, disse a companhia.

Nesta quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse após participação no Liquid Gas Week, no Rio de Janeiro, que as sondas para a exploração na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, estavam sendo preparadas e que “pelos estudos geológicos, teremos grandes notícias com relação a descobertas”. Ele estimou para o primeiro semestre de 2026 os primeiros resultados da exploração no local.

Alcolumbre agradece a Lula

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao governo pelo apoio dado para o avanço na licença para exploração da Margem Equatorial. Mais cedo, o Ibama aprovou a última etapa do licenciamento ambiental para a Petrobras explorar a Foz do Amazonas, conforme noticiou o Valor Econômico.

“Quero agradecer ao presidente Lula que, desde o primeiro encontro, em que levamos nossas preocupações …, que sonhávamos de ter desenvolvimento chegando aos rincões do Brasil”, declarou em discurso no plenário.

Alcolumbre afirmou que teve o “apoio de todos os atores importantes do governo federal a partir de uma decisão do presidente Lula” e que, após iniciada, a exploração beneficiará a Petrobras. “A Petrobras carecia de uma nova reserva exploratória. O Brasil carecia, para poder manter a Petrobras na condição que é, orgulho dos brasileiros, carecia de nova reserva”, disse.

Alcolumbre afirmou que as reservas da estatal se esgotariam até 2034 e uma nova reserva ajudaria a manter o valor de mercado da Petrobras: “Estamos no limite de uma nova descoberta para manter uma das companhias mais valiosas do mundo, que hoje vale R$ 550 bilhões, e que, se não tiver reserva nos próximos anos, poderá vir a valer R$ 200 ou R$ 250 bilhões”, falou.

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