PLD: R$ 477,77/MWh em todo o País
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 16 e 22 de junho subiu 1% nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, ao passar de R$ 472,21/MWh para R$ 477,77/MWh. No Nordeste e no Norte, o preço subiu de R$ 463,52/MWh para os mesmos R$ 477,77/MWh, registrando alta de 3% sobre o preço da última semana.
As afluências previstas para a quarta semana se mantiveram estáveis para o Sistema Interligado Nacional – SIN com ENAs esperadas em 78% da média no Sudeste, 57% no Sul, 74% no Norte e em 39% no Nordeste.
A redução das afluências do Norte (de 79% para 74% da média) resultou na queda da geração hidráulica e, consequentemente, na diminuição da energia disponível para envio aos demais submercados. A redução no envio de energia fez com que os limites de intercâmbio deixassem de ser atingidos, o que ocasionou uma equalização entre os preços de todos os submercados.
Para a próxima semana, a expectativa é que a carga fique mais baixa especificamente no Nordeste (-300 MWmédios). A carga dos demais submercados se mantém a mesma da semana anterior.
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 710 MWmédios mais baixos em relação ao esperado, com elevação apenas no Nordeste (+50 MWmédios). Os níveis estão mais baixos no Sudeste (-610 MWmédios), no Sul (-20 MWmédios) e no Norte (-130 MWmédios).
Já o fator de ajuste do MRE esperado para junho foi revisto de 70,9% para 71,1%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o mês é de R$ 33 milhões, referentes em sua totalidade à restrição operativa no Norte.
Consumo cai 3,2%
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 12 de junho apontaram uma queda de 3,2% no consumo e de 2,8% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN, nas primeiras duas semanas de junho, alcançou 57.143 MW médios, montante 3,2% inferior ao consumido no mesmo período do ano passado. A retração ocorreu tanto no mercado livre como na energia fornecida pelas distribuidoras, quando são desconsideradas as migrações de um ambiente para outro.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo caiu 3%, índice que considera a migração de cargas para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, haveria queda de 1,8% no consumo.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo caiu 3,6%, índice que inclui as cargas oriundas do ACR na análise. A queda no consumo seria de 6,3% sem o movimento dos agentes na análise.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, o setor de extração de minerais metálicos (+0,7%) foi o único a registrar ligeiro aumento no consumo desconsiderando a migração, enquanto os demais segmentos, em especial o têxtil (-21,8%) e o de manufaturados diversos (-13,7%) apresentaram índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário.
Em junho, a geração de energia no Sistema chegou a 60.058 MWmédios, índice 2,8% menor quando comparado à produção de energia em 2017. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, caiu 10,8%, enquanto a produção de eólicas e térmicas cresceu 26,8% e 14,7%, respectivamente.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em junho, equivalente a 70,9% de suas garantias físicas, ou 38.803 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 70,8%.