PLD inverte tendência e volta a subir
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 20 e 26 de janeiro subiu em todos os submercados. No Sudeste/Centro-Oeste, o aumento foi de 18% com o preço fixado em R$ 192,89/MWh. No Sul, o preço foi de R$ 165,82/MWh para R$ 191,89/MWh, elevação de 16%. O PLD no Nordeste elevou-se em 17% ao passar de R$ 162,06/MWh para R$ 190,37/MWh. Já o preço no Norte teve o menor aumento (+2%) com o PLD fixado em R$ 145,60/MWh.
Os preços do submercado Norte apresentaram valores menores em relação aos demais submercados, pois este é um submercado exportador e os limites de envio de energia para o Sudeste foram atingidos, assim como os limites de recebimento de energia pelo Nordeste. O pequeno descolamento do preço entre os demais submercados se deve às perdas elétricas na interligação entre os submercados.
A expectativa de afluências para o Sistema Interligado Nacional – SIN, em janeiro, foi revista de 95% para 92% da Média de Longo Termo – MLT com ENAs esperadas em 99% da média no Sudeste, 165% no Sul, 36% no Nordeste e em 71% da MLT no Norte.
A carga prevista para a próxima semana deve ficar 1.300 MWmédios maior na comparação com a carga esperada na semana anterior com elevação de aproximadamente 1.450 MWmédios no Sudeste/Centro-Oeste e redução em torno de -150 MWmédios no Norte. Não há alterações na carga prevista para os demais submercados.
Os níveis dos reservatórios do SIN estão cerca de 1.350 MWmédios mais baixos que os estimados na última semana, com reduções de aproximadamente -1.850 MWmédios no Sudeste e -250 MWmédios no Nordeste. No Sul (+350 MWmédios) e no Nordeste (+400 MWmédios), os níveis previstos estão mais elevados.
O fator de ajuste do MRE previsto para janeiro é de 107,7%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS esperados para o período estão na ordem de R$ 136 milhões, sendo R$ 56 milhões referentes à segurança energética.
Dados do consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 16 de janeiro indicaram redução de 4,2% no consumo e de 3,3% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 60.278 MW médios nas duas primeiras semanas de janeiro, montante 4,2% inferior quando comparado ao consumo no mesmo período de 2017, que foi de 62.911 MW médios. O principal fator para a redução no consumo é a queda nas temperaturas quando comparadas ao mesmo período do ano passado.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais), o consumo caiu de 46.425 MW médios para 43.169 MW médios, uma queda de 7%, índice que incorpora a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Sem esse efeito na análise, a queda no consumo de energia seria de 5%.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (onde estão os consumidores de atividade industrial/comercial), registrou incremento de 3,8%, número que considera o impacto das novas cargas vindas do ACR. Ao desconsiderar esse movimento na análise, o ACL teria retração de 1,6% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+8,8%), têxtil (+8,7%) e de extração de minerais metálicos (+3,4%) registram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise. Neste mesmo cenário sem migração, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos de comércio (-10,9%), transporte (-9,2%) e de serviços (-7,2%).
Já a geração de energia no Sistema somou 63.479 MW médios no período, queda de 3,3%. A produção das usinas térmicas subiu 7,4% e as eólicas geraram 17,9% a mais no período. As usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, apresentaram queda de 7,1% na energia produzida em 2018
O InfoMercado Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em janeiro, equivalente a 108,6% de suas garantias físicas, ou 50.281 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 92,2%.