PLD mantém trajetória de queda
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 13 e 19 de janeiro apresentou redução em todos os submercados. O preço caiu 8% no Sudeste/Centro-Oeste ao passar de R$ 176,64/MWh para R$ 162,95/MWh. No Sul, a queda foi de 7% com o preço fixado em R$ 165,82/MWh. O PLD no Nordeste ficou em R$ 162,06/MWh, retração de 10%, e no Norte, a queda foi maior, alcançando 14% com o preço fixado em R$ 142,37/MWh.
Os preços do submercado Norte apresentaram valores menores em relação aos demais submercados, pois este é um submercado exportador e os limites de envio de energia para o Sudeste foram atingidos, assim como os limites de recebimento de energia pelo Nordeste. Já o descolamento do preço do submercado Sul em relação ao preço do submercado Sudeste se deve às perdas elétricas na interligação entre estes submercados.
As afluências esperadas para o Sistema Interligado Nacional – SIN, em janeiro, permanecem em 95% da Média de Longo Termo – MLT com ENAs esperadas em 105% da média no Sudeste, 136% no Sul, 47% no Nordeste e em 74% da MLT no Norte.
Já a carga prevista para os próximos sete dias deve ficar 150 MWmédios mais baixa frente ao montante esperado na semana anterior com redução apenas no Norte (-150 MWmédios) e manutenção dos valores nos demais submercados.
Os níveis dos reservatórios do SIN estão cerca de 2.750 MWmédios mais elevados na comparação com a expectativa da semana passada. A previsão indica elevações de 2.050 MWmédios no Sudeste, 250 MWmédios no Sul, 300 MWmédios no Nordeste e de 150 MWmédios no Norte.
O fator de ajuste do MRE previsto para janeiro foi revisto de 111,9% para 108,6%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS esperados para o primeiro mês de 2018 estão na ordem de R$ 160 milhões, sendo R$ 94 milhões referentes à segurança energética.
Dados de consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 9 de janeiro apontaram redução de 5% no consumo e de 4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A análise dos primeiros nove dias de 2018 indica o consumo de 58.855 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, montante 5% inferior quando comparado ao consumo no mesmo período do ano passado. A atividade econômica tem apresentado sinais da retomada de crescimento em vários setores, porém a queda no consumo observada no início de 2018 foi influenciada principalmente por temperaturas mais baixas nesse ano em relação ao mesmo período do ano passado.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, há retração de 7,6% no consumo, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Ao descartar esse movimento dos agentes, ainda haveria queda de 5,6% no consumo de energia.
O consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, apresenta elevação de 2,5%, número que leva em conta o impacto das novas cargas vindas do ACR na análise. Quando esse movimento é desconsiderado, o ACL tem queda de 2,8%.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores têxteis (+15,9%), de veículos (+13%) e madeira, papel e celulose (+3,5%) registram aumento no consumo, mesmo sem o efeito da migração na análise. Ainda no cenário sem migração, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos transporte (-11,3%), comércio (-10,6%) e químico (-8,6%).
Já a geração de energia alcançou 62.034 MW médios no período, incremento de 4,5%. A análise indica elevação de 12% na produção de usinas térmicas, mas queda na geração das plantas eólicas (-9,8%) e hidráulicas (-6,8%), incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas.