Vem aí a empresa de serviços do Grupo Léros
Maurício Corrêa, de São Paulo —
Durante 17 anos, o economista Edval Falcão trabalhou no mercado financeiro, onde passou por várias experiências. Em 2010, cansado da atividade e em busca de opções, juntou-se a dois amigos e abriu a Léros Comercializadora que, agora, prepara-se para desenvolver ferramentas financeiras e assim aumentar a sua participação no mercado de energia elétrica.
“De certa forma, é uma ironia, mas é a evolução do mercado. Embora algumas pessoas ainda não percebam, estamos passando por uma espécie de pré-revolução na área de energia, situação que vai se consolidar com a ampliação do mercado livre, desenvolvimento do smart grid, veículos elétricos, bem como maior participação do consumidor no processo de tomada de decisão na hora de comprar energia. E a Léros quer participar de todo esse processo, com uma equipe forte e bem preparada. Em vez de ficarmos sentados e acomodados, queremos estar juntos com o que vem por aí. O mercado de energia está mudando e queremos evoluir juntos, em benefício dos nossos clientes e dos consumidores”, afirmou Falcão ao site “Paranoá Energia”.
Seus dois sócios originais na Léros são Kleber Silva, que já tinha tido uma boa experiência na área de comercialização de energia, e Adriano Rosa, originário da área de petróleo e derivados. Mais tarde, também se agregou ao grupo o engenheiro mecânico Alexandre Chiofetti.
No início, os sócios tinham apenas uma visão de trading e se preocupavam prioritariamente, nos momentos iniciais de instalação da empresa, como poderiam fazer a comercializadora crescer. Isso aconteceu e a empresa está devidamente consolidada. Seus controladores entendem que é hora de aproveitar o embalo da recuperação econômica do País e abrir outras frentes de trabalho, sempre aproveitando a sinergia entre as empresas do grupo e o conhecimento técnico do seu pessoal.
Já olhando para 2018, o Grupo Léros prepara-se para investir pesado, segundo Falcão e desenha mais uma empresa, agora para atuar na área de serviços, que é um desenvolvimento natural do negócio, principalmente quando se olha para o modelo comercial dos projetos de eficiência energética da Léros Geradora.
Hoje, as três empresas principais do grupo são a comercializadora, uma geradora (que atua em projetos de eficiência energética com a utilização de lâmpadas do tipo LED, energia solar fotovoltaica e gás natural) e a Gastrading (que desenvolve o projeto Verde Atlântico Energias, compreendendo uma térmica com capacidade instalada de 1,7 mil MW e um terminal de regaseificação de GNL na região de Peruíbe, litoral paulista).
As demais empresas que integram o Léros operam nas áreas de trading de produtos químicos e petroquímicos, exploração de um campo de petróleo em Mossoró (RN), uma mineradora que tem lavras de diamante e potencial para nióbio em Minas Gerais e a Green Tech, uma empresa voltada para o reaproveitamento de plásticos e a sua transformação em produtos petroquímicos líquidos e gases sintéticos.
“O Brasil, entretanto, é um país que surpreende todos aqueles que querem se dedicar com seriedade ao trabalho. Aos poucos encontramos outros caminhos e, sem abandonar a ideia original da comercializadora de energia elétrica, agregamos outras empresas ao grupo”, explicou, garantindo que “trabalho é o que não falta”.