PLD continua trajetória de queda
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 18 e 24 de novembro caiu 7%, ao passar de R$ 481,66/MWh para R$ 449,83/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Os preços seguem iguais em todos os submercados, uma vez que os limites de intercâmbio entre eles não foram atingidos em nenhum patamar de carga.
As afluências esperadas para o Sistema, ao longo de novembro, foram revistas e passaram de 88% para 92% da Média de Longo Termo – MLT, impactando diretamente na queda do PLD. A elevação é prevista para todos os submercados, exceto o Nordeste (de 22% para 21% da MLT). As demais ENAs previstas para novembro devem ficar em 97% da média no Sudeste, 126% no Sul e em 62% no Norte.
Já a carga esperada para o Sistema, na próxima semana, deve permanecer igual à prevista na semana anterior.
Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 125 MWmédios mais elevados frente aos números da última semana. As elevações foram verificadas em todos os submercados com exceção do Sul, cujos níveis estão cerca de 180 MWmédios mais baixos, e do Sudeste, onde os níveis ficaram inalterados. Os volumes de energia devem subir nos reservatórios do Nordeste (+105 MWmédios) e do Norte (+205 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE esperado para novembro foi revisto de 66,2% para 66,8%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período é de R$ 27,5 milhões, sendo R$ 16 milhões referentes à segurança energética.
Na análise dos custos decorrentes do descolamento entre o CMO e o PLD, que remuneram as usinas que são despachadas por ordem de mérito e estão acima do preço máximo, são estimados valores na ordem de R$ 7,2 milhões para novembro.
Dados do consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 13 de novembro indicaram uma retração de 3% no consumo e de 2% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN, nas duas primeiras semanas de novembro, alcançou 58.681 MW médios, queda de 3% quando comparado ao consumo no mesmo período de 2016. O consumo no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, caiu 6,1%, quando analisado já com o reflexo da migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento de mercado fosse desconsiderado, ainda haveria retração de 2,9% no consumo do ACR.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 5,1% no consumo, número diretamente impactado pelas novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Sem a presença desses novos consumidores na análise, o ACL apresentaria queda de 3,4% no consumo.
Dentre os segmentos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os ramos de madeira, papel e celulose (-11%), químico (-9,9%) e comércio (-6,7%), sem o efeito da migração para o ACL, registraram queda no consumo. Por outro lado, houve aumento no consumo entre os setores de metalurgia e produtos de metal (+2,1%), saneamento (+1,2%) e veículos (+0,9%), nesse mesmo cenário de migração.
A geração de energia no Sistema, por sua vez, também registra queda em novembro com a entrega de 61.640 MW médios no período, montante de energia 2% inferior ao registrado no ano passado . Os números são impactados pela diminuição de 9,4% na geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas e de 2% na geração eólica. Já a produção das usinas térmicas cresceu 18,9% no período analisado. Além da geração, foi identificado intercâmbio internacional de 92,31 MW médios para o período.
O InfoMercado Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em novembro, o equivalente a 66,24% de suas garantias físicas, ou 39.238 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 70,55%.