Petrobras alcança 2,749 mi de barris/dia
A Petrobras produziu um total de 2,749 milhões de barris por dia de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 4,18% em relação a igual intervalo do ano anterior, quando a produção foi de 2,869 milhões de barris por dia. Na comparação os três meses imediatamente anteriores, de 2,776 milhões de barris ao dia, houve recuo de 1%.
A produção média de petróleo da companhia no Brasil, de julho a setembro, foi de 2,197 milhão de barris por dia (bpd), abaixo do registrado em igual intervalo de 2016 (2,297 milhões de barris ao dia) e também inferior na comparação com o segundo trimestre deste ano (2,225 milhões de barris por dia).
PIDV
A Petrobras encerrou o terceiro trimestre com um total de 62.528 empregados, uma redução de 12% em comparação o mesmo período de 2016, em função do plano de incentivo ao desligamento voluntário (PIDV).
O efeito desse item foi positivo em R$ 87 milhões no balanço da estatal entre julho e setembro, ante valor negativo de R$ 2,472 bilhões em igual intervalo de 2016. No ano, a petroleira teve efeito positivo de R$ 756 milhões com o PIDV, ante valor negativo de R$ 3,685 bilhões nos nove primeiro meses de 2016.
Contingências judiciais
O resultado financeiro da Petrobras no terceiro trimestre veio abaixo do projetado, principalmente, por conta de razões não recorrentes. Entre elas, as principais foram a regularização de débitos federais, com a adesão ao Refis, e o provisionamento para pagamento de ações judiciais.
Durante coletiva de imprensa para apresentação do resultado do terceiro trimestre, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, informou ainda que a empresa mantém a previsão de divulgar até o fim do ano a revisão do plano estratégico, que trará a previsão de investimento para até 2022. “Não esperem revisão radical no plano de negócios”, afirmou.
Parente reafirmou ainda a política de preços dos combustíveis, de revisões praticamente diárias. A retração das margens de refino é o destaque negativo do desempenho da companhia em nove meses e também no terceiro trimestre. Com a retração do mercado interno, a empresa direcionou a produção para a exportação, que paga margens menores do que as do Brasil. O resultado foi a redução dos ganhos.
A alavancagem da Petrobras medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido fechou o terceiro trimestre em 51%, abaixo da marca de 53% verificada ao término de junho último e de 55% em igual trimestre do ano passado.
Já a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado atingiu 3,16 vezes, ante 3,23 vezes no segundo trimestre deste ano e 4,07 vezes no mesmo período do ano passado.
O endividamento bruto da petroleira atingiu R$ 359,412 bilhões, sendo R$ 23,429 bilhões de curto prazo e R$ 335,983 bilhões de longo prazo.
O montante é 15,6% menor do que os R$ 398,165 bilhões do terceiro trimestre de 2016 e 10,78% inferior na comparação com os R$ 376,587 bilhões do segundo trimestre deste ano. A Petrobras fechou o terceiro trimestre com R$ 77,970 bilhões em caixa (incluindo títulos).
O endividamento líquido alcançou R$ 279,237 bilhões, ante R$ 325,563 bilhões no terceiro trimestre do ano passado e R$ 295,300 bilhões no segundo trimestre deste ano.
As dívidas da petroleira a vencer neste ano totalizam R$ 8,927 bilhões. Em 2018, vencem outros R$ 21,591 bilhões.
Ainda segundo o material de divulgação do resultado trimestral, 71,67% da dívida total da Petrobras foi contraída em dólar, o equivalente a R$ 257,028 bilhões. Outros R$ 16,688 bilhões foram em euros, R$ 76,896 bilhões em reais e R$ 8,012 bilhões em outras moedas.
Fluxo de caixa livre
A Petrobras encerrou o terceiro trimestre deste ano com um fluxo de caixa livre positivo de R$ 14,734 bilhões – décimo trimestre consecutivo no azul. O valor, porém, é 10,42% menor ante o fluxo de R$ 16,448 bilhões em igual período de 2016 e 57,5% maior na comparação com os R$ 9,354 bilhões verificados no segundo trimestre deste ano.
O montante corresponde aos recursos gerados pelas atividades operacionais subtraídos dos investimentos em áreas de negócios.
As captações totalizaram R$ 28,094 bilhões entre julho e setembro deste ano, ante R$ 30,960 bilhões verificados no segundo trimestre de 2017 e os R$ 11,028 bilhões de igual período do ano anterior.