Tauá, 1ª usina solar interligada ao SIN, é sucesso na operação
Maurício Corrêa, de Paragominas (PA) —
Primeira usina solar fotovoltaica da América Latina e produto dos sonhos do empresário Eike Batista, a usina de Tauá, localizada no município do mesmo nome, a 340 km ao Sul de Fortaleza, em plena região da Caatinga, no Ceará, gera energia elétrica sem problemas, desde que passou a operar, há cinco anos, e vai muito bem, obrigado.
Em operação comercial desde agosto de 2011, a usina solar Tauá foi construída pela EBX e hoje é controlada pela Eneva. O investimento inicial foi da ordem de R$ 10 milhões e a geradora solar conta com 4.680 painéis fotovoltaicos que transformam a energia do sol em elétrica, numa área de aproximadamente 12 mil metros quadrados, segundo informou a este site o responsável pela operação, Joaquim Sousa.
A capacidade instalada é de 1 MW, o que permite abastecer com energia elétrica 1,5 mil casas. Segundo Joaquim, a usina de Tauá funciona com grande regularidade, sem problemas técnicos, com média de 12 horas por dia. O recorde foi de 12h15m de produção em um mesmo dia. A conexão ao Sistema Interligado Nacional também ocorre de formal normal, conforme projetado.
“A energia solar não tem volta, principalmente considerando as excelentes condições de insolação que um país como o Brasil oferece”, explicou, acrescentando que a energia solar ainda tem duas características extremamente positivas, pois não gera ruídos e nem qualquer tipo de agressão ao meio ambiente. “É zero de poluição”, disse.
Em homenagem ao pioneirismo da usina de Tauá e do seu próprio trabalho, ele foi um dos debatedores do seminário sobre energias renováveis organizado pela Cooperativa Brasileira de Energia Renovável e Desenvolvimento Sustentável – Coober, recém-inaugurada na cidade paraense de Paragominas. Joaquim Sousa não tem qualquer dúvida: usinas solares fotovoltaicas convivem muito bem com o meio ambiente e mostram que se o Brasil apostar firmemente em projetos desse tipo estará fazendo o caminho certo.
Na sua visão, o grande interesse em projetos fotovoltaicos que se observa hoje no Brasil coincide com expressiva diminuição no custo dos equipamentos. Tanto que em Tauá, onde foram investidos R$ 10 milhões, se fosse hoje o projeto custaria algo em torno de R$ 5 a 6 milhões. “Barateou bastante desde que entramos em operação”, explicou.
Conforme revelou, a usina de Tauá também produz resultados positivos para o município, que tem cerca de 60 mil habitantes em uma extensão territorial superior a 4 mil quilômetros quadrados, sendo o segundo maior de todo o estado do Ceará. A usina passou a receber muitos visitantes e foram abertos hotéis e restaurantes. Só nos dois primeiros anos de operação a usina recebeu 2 mil visitantes.